Anjo Caído.

''Um anjo derrotado que caiu, 

 Um espirito solitário que nunca há de encontrar a sua verdadeira essência,

 Destrua-me, Estraçalhe-me, me arranque as asas para nunca mais voar, 

 Destrua a minha alma, aniquile o meu corpo e despedace o meu ser...

 Como um quebra cabeça incompleto, é assim que vejo a minha vida,

 Uma única peça sumiu neste momento, do qual foi determinado pelo destino,

 Destino até então, desconhecido por mim, destino cruel que me pune a cada momento,

 Aquilo que acreditava não existir e no final do jogo me pregou um peça. 

 O jogo do destino, conhecido como do jogo da vida,

 Aquela que faz você lutar muito, para não conseguir nada,

 Me tornei um poeta não por opção, mais sim por paixão,

 Eis o poeta que está escrevendo essa canção,

 Eis aqui um ser que agora se encontra incompleto, 

 O único que restou em um mundo de dor e sofrimento.

 Um anjo banido do reino dos céus,

 Um anjo caído, derrubado por sua própria ambição...

 Golpes que jogo ao vento,

 Sentimentos que guardo de um simples momento,

 Nunca diga eu te amo, para alguém que nunca poderá te amar verdadeiramente, 

 Nunca ame um espirito que se diz livre, pois no final você se tornará a gaiola que o prenderá...

 Não seja como esse ser que ser tornou uma simples existência do momento,

 Sou um lobo solitário, não porque gosto, mas sim por obra do destino.

 Talvez encontre alguém que esteja pronto para limpar as suas feridas, talvez...

 Pois agora essas feridas se tornam profundas, uma dor doentia e insana a ponto de me matar.

 Que ainda mais e mais me impossibilita de voar, 

 Por isso sou diferente, não um simples mortal, 

 Talvez um imortal, que tem a sensação de ter vivido anos em pequenos segundos,

 Os imortais, são aqueles destinados a verem todos os seus amados partirem,

 Mesmo que no final só reste a sua simples existência solitária, nessa realidade nada igualitária.''

Conde da Lua Cheia - 01/03/2.012