Acordei naquela manha com um som familiar, era meu despertador, tocando exatamente naquele mesmo horário, dia após dia, levanto de minha cama como se estivesse programado para algo, acordo, escovo meus dentes, tomo um banho, preparo minha roupa e vou para escola, chego de tarde e durmo, acordo, faço minha lição, desenho, jogo, assisto, não importa, faço as mesmas coisas, nos mesmos horários, será que a monotonia do dia a dia acabou me pegando? Será que estou realmente sendo programado por algo ? Por ”padrões” que para mim, antigamente eram só formas de quebrar as regras, fazer o inesperado, buscar o inacreditável, é mais fácil falar do que fazer não acha ?
Será que sou um robô ? Será que não estou vivendo uma vida de mentiras ? Será que o medo da solidão, se tornou tão grande que tenho medo de arriscar tudo, mesmo que acabe não perdendo nada ? Será mesmo que me tornei um fraco ? Talvez sim… Talvez não… Quem sabe. Atingi um ponto do qual questiono a minha própria realidade, será mesmo que esse mundo onde estou é verdadeiro ? Ou será que pode ser mais um daqueles mundos paralelos, dita por vários gênios, bem não posso afirmar nada, mas posso questionar tudo, acho que a única lição que faço questão de seguir, ”nunca acredite em nada, sempre questione a própria realidade”, observe, questione, conclua, mas não torne o seu dia a dia uma simples passagem, viva conforme as suas próprias regras, pois só você tem o direito de quebra-las quando achar necessário. E assim, terá o controle de tudo ao seu redor, ou pelo menos, a vontade de fazer o que quiser de sua própria vida.”
Conde da Lua Cheia - 10/05/2.012
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